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terça-feira, 25 de maio de 2010

Conclusão

Enfrentando o ódio dos Habsburgo, dos papas e da República de Veneza, a figura histórica e lendária de Gracia Nasi, a jovem viúva de um rico banqueiro português, encarna ainda hoje a coragem, a obstinação e a dor dos judeus sefarditas, obrigados a migrar de território a território, numa Europa quinhentista marcada pelo signo da Inquisição.

De Lisboa a Istambul, passando pelas costas da Palestina e ilhas do Mediterrâneo, Catherine Clément acompanha a trajectória dos Nasi, inventariando intrigas amorosas, querelas teológicas, alianças políticas e interesses comerciais. O resultado é um romance histórico fascinante, que recria com perfeição uma das passagens mais impressionantes da era moderna, quando se decidiam os destinos de judeus, cristãos e muçulmanos.

1 comentário:

  1. A vida exemplar de Dona Gracia Nasci, ou Hannah Naci, ou, ainda, Beatriz Mendes Benvisto de la Luna Miques (1510-1569), bancária, filantropa e mecenas judia de nação portuguesa nascida em Lisboa, a Senhora/Señora, tem vindo a inspirar os contadores de histórias com história ao longo dos tempos. Catherine Clément é, talvez, a mais conhecida. Todavia, podemos ainda destacar um outro contributo recente:
    Edgarda FERRI – A Judia. [Do Portugal da Inquisição à Terra Prometida](Ed. italiana 2000). Lisboa: Quetzal, 2002.

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